Hoje houve um tremor de terra e eu senti-o. Não soube logo do que se tratava mas desconfiei...estava sentada e senti as pernas a tremer involuntariamente.
Já consegui introduzir um contador de visitas.
O meu ataque de pânico
Foi em Abril do ano passado, estava a tomar banho, de repente começo com a dor no peito que já há alguns dias me andava a chatear, passados alguns segundos começo com falta de ar.
Pensei estar a ter um ataque cardíaco, nem me passou pela cabeça que o coração era do meu lado esquerdo e não do direito, o que me doía.
Já estava a imaginar um grande filme, vinha a ambulância, levavam-me de urgência para o hospital, dávam-me choques eléctricos mas eu acabava por falecer. Nesta altura a nossa alma parece sair do nosso corpo, parece irreal o que se está a passar connosco.
Quanto mais eu imaginava esta cena pior ficava, o coração parecia que ía saltar pela boca, comecei a desfalecer...saí de imediato da banheira, enrolei-me na toalha e deitei-me na cama, a esta altura já tremia de frio.
A minha mãe trabalha num hospital, telefonei-lhe. Disse-me para tomar um calmante e medir a tensão. Assim o fiz. Fiquei mais calma, a tensão estava normal mas as palpitações estavam a 100, não percebo muito disto mas penso que o normal é 60/70.
No dia seguinte fui ao hospital. Mandaram-me fazer um electrocardiograma e umas análises, estava tudo bem, entretanto para a dor passar deram-me uma embalagem de um produto para eu chupar, penso que seria para acalmar a laringe ou o esófago...
Passados alguns dias,como já andava com medo que me desse outro ataque de pânico em qualquer lado,fui à minha médica de família, disse-me com a maior naturalidade," tu tiveste um ataque de pânico "..."alguma coisa que se está a passar contigo que tu não queres que aconteça, o teu corpo reage dessa maneira".
Tomei os comprimidos que ela me receitou, nunca mais tive esses ataques, mas até hoje me questiono o que é que eu não queria que me acontecesse?
Tomei os comprimidos durante 4 meses, tive de escolher entre o pânico e a vontade de engravidar.
O que é certo é que há 6 meses que não tomo nada e...até agora nada de pânico...
A revista "Viver melhor" tem um artigo excelente que retrata o ataque de pânico, dá até umas dicas para enfrentá-lo.
"O intruso
Imobiliza-nos, abala a rotina e condiciona a nossa vida.
Afinal, de que falamos quando falamos de pânico?
Se alguma vez teve uma crise de pânico, sabe de que falamos. A sensação angustiante de não se conseguir respirar. A sensação de descontrolo, de que o mundo à nossa volta continua a funcionar mas não conseguimos acompanhá-lo. Que vamos perder a capacidade de reagir racionalmente, mantendo o pleno controlo sobre o nosso corpo. Enloquecer. São assim os ataques de pânico, os quais estima-se que afectem entre um a três por cento da população mundial. Emaranhados nesta percentagem, segundo as estatisticas, encontram-se pelo menos quinhentos mil portugueses.
Se pensar que muitas das pessoas que sofrem desta perturbação não procuram ajuda especializada, o número que acabámos de mencionar sofrerá algumas alterações. E é deles que lhe vamos falar. Sem medo e para que possa enfrentá-los."
Há uns anos tive alguns episódios de agorafobia "estado patológico de medo, que têm certas pessoas de atravessar grandes espaços vazios como praças ou ruas" , sobretudo quando entrava nos hipermercados, o que sentia? Vertigens...tonturas...
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